segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

ODÉ DANA DANA.


Na África a semana possuía apenas quatro dias,  o último dia era o "Ojo-Obatala", dia de Obatalá e por isso era dia de render graças ao grande Funfun, dedicavam o dia a ele.
Porém Odé queria caçar e não se importou com a tradição.
Odé era marido da Yabá Osun e ela temerosa por Odé ignorar as tradições dos Orisás foi embora com medo que algum castigo também caísse sobre ela.
Odé foi para a mata de Ifé caçar e então quando estava se aprofundando na floresta ele ouviu uma voz suave cantarolar:
"Eu não sou um passarinho para ser morto por ti..."

Odé foi atrás do som da cantoria e logo avistou a serpente Furta-Cor chamada Osumarê. Odé fincou a lança na cabeça de serpente e a levou para casa, ela seria seu jantar.
Odé exclamou: 
"Vou comer essa serpente!"

E então ecoou uma voz que disse:
"Mas eu não sou um passarinho..."

Odé ignorou os sinais e foi para casa, lá ele despedaçou, cozinhou e comeu a cobra.

Durante a madrugada Odé sentiu dores na barriga, a serpente reviveu!
Se regenerou dentro de Odé e então ela rasga as entranhas de Odé e o último som que o caçador ouve antes de morrer é a voz da Serpente Osumarê a dizer:
"Eu não sou um passarinho para ser morto por ti..."

Odé morreu.
No dia seguinte Osun foi a casa de Odé ver como ele estava e então se depara com o cadáver jogado sobre a esteira com um buraco no abdômen.
Ela se desespera e vai até Orunmilá pedir ajuda.
Orunmilá diz:
"Odé pagou o preço por ignorar as tradições, mas ha um jeito de recuperar a sua vida."

Ifá orientou Osun a fazer Ebós para pedir o perdão de Olorum e então Odé reviveu, mas como castigo ele deve zelar pela paz na floresta, pelo bem dos caçadores, pelo respeito as tradições e para sempre será próximo a serpente Osumarê e o protegerá de que façam mal a ele, como ele um dia fez.

Odé agora se chama DANA-DANA e é um ORISÁ.

Oke!

Este odé caminha com Osumarê, Osun, Oya, Osayn e Obaluaie.
Pelo fato de já ter visto a morte, ele recebeu de Oya o Arole, pó vermelho com o qual se protege do Eguns e com isso tem a permissão de entrar na floresta das Igbalé.
É um ode solitário e não é chegado a festejos.
Participa também de AXEXÊ.

Oke Aro! Odé Dana Dana!


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